Neste 17 de dezembro, se celebra o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra Profissionais do Sexo para alertar para a importância do combate e da denúncia de todas as formas de violência que atingem quem faz Trabalho Sexual.
Profissionais do sexo estão especialmente vulneráveis a diferentes tipos de violência, desde agressões físicas e verbais até o estigma e a discriminação que enfrentam simplesmente por seu trabalho.
Mas como surgiu o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra Profissionais do Sexo?
Essa data começou sendo assinalada em 2003, nos Estados Unidos, como resposta aos assassinatos de Gary Leon Ridgway. Esse ficou sendo conhecido como o “Assassino de Green River”, matou dezenas de mulheres, muitas delas trabalhadoras do sexo.
Ridgway atuou achando que essas vidas não importariam a ninguém, mas essa tragédia acabou se transformando em memória e resistência.
Desde então, o Dia Internacional pelo Fim da Violência contra Profissionais do Sexo se tornou-se um marco de denúncia, solidariedade e luta pelos direitos humanos.
O guarda-chuva vermelho se assumiu como o símbolo da proteção, da visibilidade e da dignidade, sendo usado em vigílias, protestos e campanhas em todo o mundo.
Objetivos da data
Entre os objetivos desse dia, sublinhamos esses que estamos desejando reforçar no Classificados X Brasil:
- Homenagear todas as vítimas de violência e afirmar que suas vidas têm valor.
- Denunciar o estigma e a discriminação que ficam alimentando abusos e exclusão social.
- Mobilizar comunidades e instituições para garantir segurança, respeito e direitos.
Como se proteger e proteger outros e outras
Para salvaguardar sua segurança, ou para responder a situações de violência, fique anotando como pode atuar:
- Não cale agressões: denunciar é ato de coragem e protege não somente quem fala, mas toda a comunidade de pessoas que fazem Trabalho Sexual.
- Busque redes de apoio: buscar aliados e associações que promovem segurança e solidariedade pode ser fundamental para se proteger.
- Conheça seus direitos e recursos básicos: informação é proteção, e ficar sabendo onde pedir ajuda fortalece sua autonomia.
- Alimente empatia e respeito: o combate a preconceitos começa na forma como falamos e pensamos sobre os outros.
Onde buscar ajuda no Brasil
Existem várias organizações que atuam diretamente com profissionais do sexo, oferecendo apoio social, jurídico e de saúde. Conheça algumas:
- ANPROSEX – Articulação Nacional de Profissionais do Sexo: atua na defesa dos direitos humanos e na luta pela descriminalização do Trabalho Sexual.
- Tulipas do Cerrado (DF): ONG que oferece apoio social, jurídico e psicológico para trabalhadoras cis e trans.
- Associação Mulheres Guerreiras (SP): coletivo que atua em Campinas e Itatinga, promovendo direitos e enfrentando a violência.
Não cale: você tem direito a denunciar e receber ajuda
O 17 de dezembro nos lembra que a violência contra profissionais do sexo não é inevitável: resulta do estigma, da discriminação e do silêncio.
Dando voz às vítimas, exigindo dignidade e construindo solidariedade, cada pessoa contribui para um mundo mais justo.
É fundamental que você não fique calando as violências sofridas. Denuncie e busque apoio.
Você tem direito a viver em paz e exercer seu trabalho com tranquilidade e dignidade.
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