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testes rápidos de ISTs e HIV no Brasil

O virus HIV foi identificado no início dos anos 1980, quando ainda se acreditava que apenas homossexuais masculinos eram infectados: dogma este que até hoje perdura em muitos rincões do planeta.

Desde a sua identificação, já é sabido que não apenas homossexuais masculinos estão susceptíveis, mas também heterossexuais (apesar da incidência do primeiro grupo ser muito maior), mulheres (a chamada feminização do HIV), usuários de drogas injetáveis, hemofílicos e usuários de hemoderivados, e até procedimentos cirúrgicos sem a devida esterilização dos utensílios utilizados (seja médicos ou dentistas), ou ainda por transfusão de sangue a partir de bolsas contaminadas.

Para se descobrir toda a dinâmica de infecção do vírus da imunodeficiência humana, foi dedicado muito trabalho dos pesquisadores e cientistas da área de saúde, já que se voltarmos no tempo, e considerando os primeiros anos da epidemia, ninguém tinha certeza do que poderia ser: um vírus, ou uma bactéria, um protozoário, ou mesmo consequência do uso de drogas, estilo de vida desgastante, e até contaminantes químicos.

Estes cientistas não só identificaram o agente causador da doença, como também descreveram toda a história do agravo: graças a eles já se sabe que a pessoa com HIV fica infectada por aproximadamente 8 anos sem aparentar sintomas, tempo onde o vírus destrói continuamente as células de defesa, levando o organismo a ficar vulnerável contra diferentes doenças oportunistas, apresentando também magreza extrema, manchas na pele, pneumonia e tuberculose, entre outras manifestações que caracterizam a AIDS (anagrama em inglês para Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), o estágio final da infecção pelo HIV.

Mais do que identificar o vírus e descrever a história da doença, os cientistas também foram responsável por delinear o teste que identifica a presença do HIV no organismo humano: a partir da técnica de detecção de anticorpos (ELISA) é possível fazer um exame para detectar o vírus da imunodeficiência humana.

Claro: na década de 1980 até os meados dos 1990, fazer um exame desta natureza era praticamente descobrir uma sentença de morte, com isso muitos não tendo estrutura psicológica e mental para enfrentar tal situação, por assim recorrendo até medidas extremas (antigamente era bastante comum, entre aqueles que se descobriam com HIV, passarem a praticar abusos com álcool, drogas e pensamento suicida).

Todavia, apesar destes horrores de antigamente, nos dias de hoje o tratamento contra a infecção pelo HIV se mostra bastante eficiente, tornando outras doenças de transmissão sexual (como o câncer na garganta causado pelo HPV, ou a supergonorréia) propriamente mais complexas para se enfrentar do que o vírus causador da AIDS.

Nesse contexto, é necessário faz um esforço para que as pessoas que tiveram exposição ao vírus façam o teste, descubram a sua condição (seja soropositivo ou soronegativo), para assim seguirem suas vidas da maneira mais salutar possível: se o teste der positivo, o paciente é encaminhado para o tratamento com antiretrovirais; se der negativo, daí é feito orientação para que a pessoa não se exponha novamente, diminuindo os riscos não apenas para HIV, mas para outras infecções transmitidas pelo sexo.

Também importante citar que se antigamente o exame demorava mais de 2 semanas para ficar pronto, atualmente com o desenvolvimento dos testes rápidos o resultado sai em 15 minutos: isso facilitou bastante o trabalho de diagnóstico, já que antigamente mais da metade das pessoas que eram testadas não voltavam para pegar o resultado do teste.

Se você mora no Brasil, saiba que pelo menos (por enquanto) para o HIV/AIDS existem locais onde se faz gratuitamente o exame, sem a necessidade de se expor ou desembolsar algum dinheiro para tal.

Apesar de muitos problemas na área de saúde, pelo menos o programa de combate ao HIV no Brasil é um dos mais elogiados do mundo, devido à gratuidade tanto nos exames como na disposição de remédios antiretrovirais.

Por isso, se você se expos a algum fator de risco para o vírus do AIDS, não espere mais, veja na lista o local mais próximo para você saber a sua condição para o HIV:

http://www.aids.gov.br/pt-br/acesso_a_informacao/servicos-de-saude