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Anorgasmia: o que é o sexo sem prazer

O orgasmo, tão comum para algumas mulheres, é como se fosse ficção para outras. Essa dificuldade ou incapacidade de se atingir o ápice do prazer em uma relação sexual se chama anorgasmia e é muito mais comum do que você imagina.

Pense bem em todas as mulheres que você conhece (principalmente as que estão no início da vida sexual): tenha certeza de que pelo menos uma delas está acometida com essa condição (afinal, duas em cada três mulheres sofre com essa disfunção).

Se você é uma pessoa que deseja conhecer mais sobre a anorgasmia, seja por conhecer alguém que você desconfia (ou tem certeza) de que sofra disso ou por ser essa pessoa que tem dificuldades em atingir o orgasmo, esse texto é uma ótima fonte de informações para você.

Continue a leitura para conhecer melhor o que causa a anorgasmia e como mudar essa condição.

O que é a anorgasmia?

Como já dissemos brevemente na introdução do texto, a anorgasmia é uma disfunção sexual na qual a pessoa não consegue chegar ao ápice do prazer sexual. Conforme isso acontece, ela é acometida por um sentimento de frustração e, por causa disso, começa a sofrer com uma diminuição do desejo sexual, o que gera um ciclo vicioso.

Em média, 60% das mulheres sofrem com essa disfunção e muitas delas nem sabem que a tem, porque terminam confundindo o orgasmo com o platô (a fase anterior ao orgasmo).

Mas, então, o que é o orgasmo e como saber se já o tive?

Há quem diga que, se você não sabe se já teve um orgasmo, é porque, na verdade, nunca teve um. E quem tem um orgasmo, costuma saber muito bem.

Ele nada mais é do que uma descarga de energia (adrenalina) que ocorre no seu organismo. Isso desencadeia uma sequência de sensações e espasmos musculares ao longo do corpo e, principalmente, contrações involuntárias na região da pelve.

Por que a anorgasmia acontece?

Uma série de fatores biológicos e/ ou psicológicos podem desencadear a anorgasmia. E, por vezes, esses fatores podem se manifestar de maneira combinada. Cabe destacar que os fatores biológicos têm culpa em cerca de entre 20 a 40% dos casos, sendo os fatores psicológicos responsáveis pela maioria.

Quais são os fatores biológicos?

  • Uso de anticoncepcionais de baixa dosagem por um longo período de tempo (Sim, a diminuição da libido é um dos efeitos colaterais da pílula);
  • Diabetes;
  • Depressão e ansiedade (por isso a necessidade de buscar ajuda caso suspeite de alguma dessas condições);
  • Miomas, cistos e outros problemas de saúde íntima feminina (sempre que desconfiar de qualquer dessas condições, busque ajuda médica);
  • Tabagismo e alcoolismo;
  • Vaginismo (que consiste em contrações involuntárias da musculatura pélvica. Isso pode causar dores ao longo da relação sexual e/ ou até impedir a penetração. Busque auxílio médico nesse caso).
  • Entre outros fatores que também podem contribuir para essa disfunção sexual. Por isso, buscar ajuda profissional é tão importante.

Quais são os fatores psicológicos?

  • Repressão (as ideias de que mulher não pode gostar de ter relações sexuais, porque é “sujo” ou “feio”);
  • Culpa religiosa (associando o sexo ao pecado);
  • Insegurança (com relação ao próprio corpo ou ao relacionamento, por exemplo);
  • Medo (de engravidar, de estar fazendo algo errado, de não agradar o parceiro...);
  • Falta de sintonia com o parceiro (o que impede a mulher de relaxar e aproveitar a situação. Acontece muito em relacionamentos que estão começando);
  • Entre muitos outros fatores que podem mexer com a mente das mulheres e as deixarem desconfortáveis com o sexo. Por isso, nos casos em que se desconfia de causas psicológicas, é tão importante buscar por ajuda profissional como nas causas biológicas.

E o parceiro (ou parceira), pode ter culpa?

É claro que sim! Pode ser que o par sexual não consiga acender o desejo na mulher tanto quanto deveria, talvez até por uma falta de sintonia. No caso de parceiros sexuais do sexo masculino, é comum que a mulher se sinta intimidada se ele demonstra comportamentos machistas ou se sofre com condições como ejaculação precoce ou disfunção erétil e não reconhece isso.

O que fazer para dar um fim à anorgasmia?

O ideal é que você analise a sua situação e considere se existe a necessidade de buscar ajuda profissional. Muito provavelmente, um tratamento adequado, indicado por um profissional de saúde (médico ou terapeuta), pode ser responsável pela sua melhora.

Mas, é óbvio, que você pode testar alguns jeitos “caseiros” de se livrar da anorgasmia. Para tal, é necessário que você se liberte de tudo o que “trava” a sua mente com relação ao sexo, como tabus, medos e repressões.

Então, em um lugar apropriado e tranquilo, é indicado que você coloque em prática a busca pelo conhecimento do seu próprio corpo, com o que te dá prazer.  Se tocar e se masturbar (com as mãos e/ ou com um brinquedo sexual) são atitudes que irão te ajudar a saber como gosta de ter prazer.

A partir daí você pode realizar essa prática (de se tocar) ao longo da relação sexual. Ou então mostrar ao parceiro (ou parceira) como gosta de ser tocada para chegar ao orgasmo.