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  • Anticoncepcional masculino: o que mostram os recentes testes
Anticoncepcional masculino

Apesar de o preservativo, também conhecido como Camisa de Vênus – ou simplesmente camisinha (como é popularmente conhecido em alguns países de língua portuguesa, como o Brasil) - ser ainda o melhor e o mais eficaz método de prevenção contra IST`s, assim como na prevenção da gravidez indesejada, outros tipos de profilaxias e práticas voltadas a estas precauções estão sempre sendo estudadas e desenvolvidas.

Nesta constante elaboração científica, tanto os métodos contraceptivos como os de prevenção de IST`s estão envolvidos basicamente em dois tipos de barreiras: a química e a física.

Por exemplo, para o HIV/AIDS: o preservativo ainda é uma excelente barreira física que impede o contato entre mucosas, assim como demais secreções que podem conter carga virótica; todavia, outras estratégias são assumidas para complementar o controle desta enfermidade, como a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) e a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), duas conhecidas metodologias que fazem uso dos retrovirais, tendo estes fármacos funcionado como barreiras químicas que agem contra o processo infeccioso do HIV e o consequente desenvolvimento da doença AIDS.

E assim como para as IST`s, a gravidez indesejada também conta com diferentes profilaxias que envolvem as barreiras físicas (como o preservativo) e as barreiras químicas (como o famoso anticoncepcional).

Bastante conhecido pelo público feminino, o anticoncepcional é usado desde o início da década de 1960, funcionando como um eficaz controlador para o planejamento familiar, apesar de algumas mulheres reclamarem que muitas fórmulas causam aumento de peso, entre outros efeitos colaterais não desejáveis, estes que estão envolvidos na perturbação de seus respectivos sistemas hormonais.

Apesar destes vieses que podem surgir (principalmente dentro da questão glandular), a aquisição do anticoncepcional foi um importante marco na história da medicina reprodutiva e também para a saúde da mulher, dando possibilidade para que os casais controlassem o número de filhos, além de também ajudar no empoderamento feminino, deixando-a livre para escolher se quer ou não percorrer todo o período de gestação de um feto em seu útero, em detrimento de outros objetivos (como profissionais ou mesmo pessoais).

O interessante aqui, quando verificamos essa diferença entre os gênero, é que muitos produtos são especificamente para mulheres, enquanto outros são para os homens: por exemplo, por muito tempo o preservativo era apenas masculino, conforme o formato anatômico do órgão genital do homem, vindo a surgir o preservativo feminino apenas muito tempo depois, ainda não sendo muito aceito devido à dificuldade de mulheres aderirem a este produto.

Essa diferença entre gênero também é verificada para tecnologias voltadas à barreira química de métodos contraceptivos, já que por muito tempo o anticoncepcional era restrito apenas ao público feminino.

Isso começou a mudar há algum tempo atrás, com o desenvolvimento do anticoncepcional masculino: nos últimos anos, testes em grupos de homens vêm-se mostrando bastante promissores, com eficiência nos resultados desejados, assim como na ausência de efeitos colaterais atenuados.

A Sociedade de Endocrinologia dos Estados Unidos soltou um relatório no início do ano de 2019 com resultados bastante promissores, trazendo assim uma sólida possibilidade que o anticoncepcional masculino chegue nas prateleiras das farmácias mais rápido do que alguns pesquisadores acreditavam.

O mais importante do anticoncepcional masculino 11-beta-MNTDC (o nome técnico abreviado da molécula 11-beta-metil-19-nortestosterona-dodecilcarbonato) é a ausência de importantes efeitos colaterais que persistiam nos estudos passados: o sucesso verificado foi que há diminuição suficiente de espermatozoides para impedir a gravidez indesejada, mas mantendo a líbido e o desejo sexual do indivíduo.

Mais testes devem-se seguir, principalmente observando alguma consequência no longo prazo, como por exemplo, casos de infertilidade ou outro efeito colateral.

Mas os pesquisadores estão bastante otimistas, acreditando que o anticoncepcional masculino 11-beta-MNTDC logo estará disponível ao grande público.