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Sexo baunilha não precisa ser ruim com estas dicas

O sexo baunilha tem-se popularizado nos últimos anos entre as pessoas que estão fora do mundo BDSM através dos livros, séries e filmes que explicitam relações cujo modelo foge do convencional dentro e fora do quarto. Apesar de o estilo ser amado e praticado por muitos, uma conotação quase pejorativa tem recaído sobre a prática desde que relações sexuais mais diversificadas foram apresentadas.

A realidade é que todo o mundo pratica sexo baunilha, principalmente quando é o primeiro contato íntimo que se tem com alguém novo, pois, entre tantos tipos e sabores – fazendo uma analogia a uma sorveteria – para experimentar, as chances de satisfação para ambos são quase garantidas quando se opta por algo que tende a agradar todos os gostos: o clássico sabor baunilha.

Não precisa ser excêntrico.

Basta ser gostoso.

O que é o sexo baunilha?

Atualmente o rótulo tem sido posto em relacionamentos nos quais os casais ocidentais heterossexuais possuem hábitos sexuais considerados muito convencionais, como é o caso da prática constante da posição de missionário. Isto quer dizer que, de modo geral, uma relação na qual o sexo com penetração não tem nenhum elemento de BDSM, perversão, fetiches ou fantasias, é "baunilha".

Surgimento do termo

De origem norte-americana, o termo (baunilha) aplicado em sexo deriva do uso de extrato de baunilha como o aromatizante básico para sorvete, assim, por extensão, significa simples ou convencional porque há quem diga que foi o sabor que mais se popularizou quando houve o boom de sorveterias no mercado do país. Algumas pessoas dão crédito ao público do BDSM pela criação do termo.

Toda relação com sexo baunilha é ruim?

Absolutamente não. Afinal de contas, não é por acaso que é a escolha mais comum entre a maioria das pessoas. Alguém poderia até dizer que isso se dá porque outras opções nem sempre são oferecidas, mas a realidade é que as relações apelidadas de baunilha são as mais confortáveis para aqueles que apreciam o tradicional e não anseiam por aventuras amorosas e sexuais exuberantes.

Além disso, o fato de você desejar ter um único parceiro, casar, ter filhos e uma vida sexual saudável em gostos e frequência não quer dizer que o seu relacionamento precisa ser chato, cair na rotina ou é menos especial e feliz.

O termo é utilizado, em algumas circunstâncias, para ridicularizar casais e indivíduos que se recusam a explorar outras facetas do sexo, o que está errado. Além das relações sexuais e gostos serem algo particular de cada indivíduo, dando a ele liberdade para praticar e buscar o que o satisfaz, ninguém está ciente do que se passa entre as quatro paredes do outro.

Ou seja, se um casal baunilha usa o sexo anal como um “extra” para tornar uma dada ocasião especial, logo, aquele elemento não faz parte da rotina de ambos, então o fato de eles trazerem a prática para a cama só mostra que as pessoas podem apimentar a relação com o uso de uma variedade de coisas sem precisar ingressar no mundo da dominação ou dos casais liberais, por exemplo.

Como veremos adiante, há pessoas que recorrem a truques e atividades excitantes para não deixar a relação cair na rotina, enquanto outras adoram a rotina que parece assustar alguns. Um dos segredos para o relacionamento funcionar a longo prazo é estar com alguém que seja compatível com você porque, realmente, se o seu parceiro(a) é aventureiro(a) em matéria sexual e faz questão de descobrir novas facetas de sua sexualidade, você acabará se saindo como o “companheiro chato” que se recusa a tentar coisas novas.

Aproveite para descobrir: Dicas para apimentar a relação

Sexo baunilha versus BDSM: sempre opostos?

Pelo contrário. Esses universos se encontram, de uma forma ou de outra, com mais frequência do que se imagina, porque não importa como você foi criado ou qual estilo de vida que você prefere viver. As pessoas têm curiosidades sobre a sexualidade dos outros. É uma dessas “pesquisas” que as pessoas encontram o BDSM e são atraídas por diversos dos seus elementos.

Em seu livro “Tell Me What You Want”, o psicólogo Justin Lehmiller pesquisou mais de 4 mil pessoas para descobrir que mais de 90% das mulheres tinham fantasias sobre o BDSM. Uma pesquisa belga anterior concluiu que quase metade das pessoas havia experimentado alguma atividade BDSM, o que quer dizer que quase metade da população – conhecendo ou não – não o fez, afinal, uma coisa é fantasiar sobre, outra é realmente incorporar isso em sua vida sexual.

Em diversas circunstâncias, as práticas se misturam. Se seu parceiro puxa o seu cabelo durante o sexo e te dá um tapa na bunda, isso o torna instantaneamente áspero? Uma brincadeira de provocação sem atingir o orgasmo é baunilha só porque não envolve cordas e amarração? Quem define o limite?

Sammi Tye é uma atriz e performer no OnlyFans, então ela não é estranha aos fetiches das pessoas, mas em casa, o que ela gosta na cama são “coisas muito, muito básicas”. Ela afirma que seus inscritos pedem todo o tipo de coisa excêntrica e que ela acha divertido brincar. “[...] Eu gosto do escapismo, mas coisas pervertidas na minha vida pessoal não faz absolutamente nada por mim. Eu nunca gostaria de ser amarrada de braços abertos. Minha coisa favorita é quando meu marido chega por trás, afasta meu cabelo e beija meu pescoço.”

Nenhum tipo de sexo é automaticamente “mais quente” ou “superior” do que outro, desde que todos os envolvidos estejam consentindo e se divertindo.

Leia mais: Dicas para quem quer experimentar BDSM, mas tem receio

Como diversificar no sexo baunilha?

Com se a contribuição da pornografia gratuita não fosse o suficiente para que pessoas comuns achassem que toda relação precisa ter todo aquele sexo selvagem e louco que nem sempre acontece como é mostrado, o exagero de experiências sexuais na mídia em geral parece ser realmente problemático para as relações reais porque eleva as expectativas a níveis irrealistas. Não devemos incentivar o uso do termo sexo baunilha como sinônimo de sexo ruim ou tedioso.

A verdade é que não há maneira errada de dois adultos fazerem e desfrutarem do sexo consensual. Se o seu estilo é selvagem, moderado ou algo entre eles, o objetivo é se dar permissão para mostrar que gostam e desfrutar disso. Agora se você é um praticante do sexo mais tradicional, mas não é contra diversificar as coisas de vez em quando, aqui vão algumas sugestões eficazes:

  • Interpretar papéis

Se não está tendo prazer, não continue

Várias mulheres concordam que o sexo baunilha pode ser mais íntimo e vulnerável do que o sexo selvagem ou pervertido, o que é exatamente o que elas estão procurando: se conectar com o parceiro. Mas acho que está claro que todo mundo tem preferências diferentes, então, quer você se identifique como pervertido, baunilha ou algo entre os dois, o que importa é ser capaz de identificar o que você gosta e comunicar isso a um parceiro.

Se você não gosta do sexo que está tendo no momento, inicie uma conversa com um parceiro sobre o que você já gosta em relação ao seu sexo com ele e, em seguida, acrescente algumas ideias do que mais você pode gostar. Lembre-se: ninguém é um leitor de mentes. Se você não deixar ninguém saber que você quer algo, essa pessoa não poderá fazer com você tudo do jeito que você deseja.

Aproveite para ler: Como convencer o parceiro a praticar BDSM?

Talvez você pode ter chegado aqui achando que estaríamos dando inúmeras razões para transformar a sua relação baunilha em algo mais, mas a realidade é que o sexo baunilha é uma das partes mais especiais das nossas vidas. É onde, normalmente, a gente se empenha para fazer o outro se sentir amado ou onde relaxamos após um dia difícil de trabalho. Se você e seu parceiro estão felizes, ninguém deve ditar ou rotular o que se passa no quarto. Se houver a necessidade de apimentar as coisas na cama, é só voltar e rever as nossas dicas.