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Mulher deitada de olhos fechados praticando a terapia orgástica.

Se você está desejando tentar algo novo no sexo, atente à terapia orgástica como opção a ver. Se trata de uma forma de aumentar a conexão com seu corpo e de conseguir mais prazer. Interessado? Vem daí...

A terapia orgástica é uma prática focada na descoberta da própria sexualidade. Tocar o corpo pode ser ainda um tabu para algumas pessoas que ficam, assim, desconhecendo seus pontos de prazer.

Assim, combinando masturbação e meditação você pode ficar usando a terapia orgástica como algo mais do que somente uma experiência sexual.

Se trata de desacelerar e desligar a mente, escutando seu corpo e se focando na respiração. Isso em combinação com a masturbação leva a experiência para um ponto orgástico realmente transcendental.

Fique lendo para entender tudo e saber como fazer.

O que é a terapia orgástica?

A terapia orgástica é uma prática que pretende aumentar a capacidade de ter prazer através de um maior autoconhecimento de si mesmo e de suas sensações. Pode ser praticada em modo solitário, ou com um parceiro.

Geralmente, se pensa nessa terapia como algo mais adequado a mulheres, mas pode perfeitamente também ser praticada por homens, ou em casal heterossexual, ou de gays e lésbicas.

Se começa deitando confortavelmente de costas, com as pernas algo abertas, se deixando liberar de todas as tensões. Nessa fase, você se vai concentrar na respiração e nas sensações em seu corpo, procurando se desprender do entorno e se focando somente em si.

Se estiver sozinha, pode tocar em seu corpo, acariciando o clitóris lentamente e se deixando levar por esse toque luxuriante. Se estiver com seu parceiro, pode levar ele a pressionar e a fazer a estimulação do clitóris como for mais prazeroso para você.

Também se fala da prática como uma meditação orgástica, pois envolve um lado meditativo e de relaxamento.

Como tudo começou

Na verdade, o "nascimento" da terapia orgástica tem algo de polêmico. Tudo começou no início dos anos de 2000 com a divulgação de uma técnica de toque do clitóris desenvolvida por uma empresária e escritora de livros relacionados com sexualidade.

Nessa altura, se tornou "marca registrada" da empresa que fez a divulgação do que chamou de "meditação orgástica".

Se tratava, então, de uma técnica de 15 minutos em que a mulher se deita em posição de borboleta com as pernas abertas, esfregando, ou levando um parceiro a esfregar, a parte superior do lado esquerdo de seu clitóris, fazendo um movimento para cima e para baixo, com um toque bem suave.

Mas em 2015, uma ex-funcionária denunciou a empresa por abuso sexual e assédio no trabalho. Aí se abriu uma "caixa de pandora" com várias revelações lesando a reputação da empresa, incluindo práticas comerciais questionáveis e violações de direitos trabalhistas.

Isso acabou por dar uma má imagem também à meditação orgástica. Porém, a partir daí a técnica foi evoluindo, embora mantendo alguns elementos da fase inicial, e se distanciando dessa polêmica história.

Quais os benefícios da terapia orgástica?

Essa prática meditativa e de autoestimulação pode trazer a você vários benefícios. Os especialistas de terapia sexual falam, por exemplo, que:

  • Aumenta a conexão emocional e espiritual com seu parceiro
  • Melhora a resposta sexual de seu corpo
  • Aumenta seu prazer
  • Ajuda com dor pélvica
  • Pode ser solução para pessoas com líbido baixa
  • Reduz o estresse e a ansiedade
  • Pode ajudar com traumas sexuais.

Para além de tudo tudo isso, a terapia orgástica também pode levar você a viver novas experiências, ajudando a apimentar sua vida sexual e fazendo você sentir um prazer mais duradouro.

Esse lado meditativo também pode ajudar você a se concentrar no presente, lhe permitindo receber melhor o prazer, sem sentir a pressão de dar ao outro.

Quando praticada em casal, pode ajudar os parceiros a aumentarem a conexão entre ambos, melhorando sua relação física e emocional.

Mulher nua praticando terapia orgástica, não se vendo sua cabeça, com mão sobre a perna e outra mão agarrando uma folha verde que lhe tapa os seios e as partes íntimas.

Como praticar?

Não existe nada de complicado nisso, ao menos no processo. Você deve começar por organizar um espaço confortável - pode incluir umas almofadas para deitar suas costas, descansando com as pernas dobradas.

É importante se sentir totalmente confortável, consigo mesma e com seu parceiro. Se sente e respire fundo antes de iniciar. Olhe seu parceiro/parceira nos olhos e sinta seu cuidado consigo. Vocês devem ficar se olhando, se tocando levemente nos braços e nas pernas durante uns bons 15 minutos.

Então, guie seu parceiro para suas zonas erógenas, o levando a tocar o interior de suas coxas, a parte de trás da nuca, sua área clitoriana mais sensível.... Enfim! Todas essas áreas que você vai sentir arrepiar com o mais leve toque!

Não esqueçam de respirar em conjunto, com inspirações profundas, ajustando a pressão do toque e os movimentos para melhorar as sensações.

Vocês podem ficar somente por isso nas primeiras vezes, repetindo o processo durante a semana. Ou podem seguir para algo mais íntimo, com a masturbação mútua, usufruindo de todo o benefício da terapia orgástica.

Porém, não precisam ter pressa. É importante ficar assimilando a meditação, interiorizando o prazer e a intimidade do momento.

Isso tem um pouco de yoga, mas também de sexo tântrico. Desse modo, não é o fim que mais importa - o essencial é o caminho que você segue até ao paraíso que pode nem chegar.

O orgasmo não é o mais importante

Se falando em terapia orgástica, você pode pensar imediatamente em orgasmo! Mas esse não é o fim maior dessa prática. Se trata antes de alimentar uma tomada de consciência do próprio corpo e de sua sexualidade.

Já ouviu falar de orgasmo consciente? A chave para o sucesso é você desacelerar, não se apressando e se focando profundamente em seu corpo e suas sensações.

Não se trata de correr para a linha de chegada! Aproveite a viagem, não priorizando o orgasmo, mas antes se entregando a todas as sensações.

Benefícios para a vida sexual e mental

Esse tipo de meditação orgástica pode trazer a você e sua vida vários benefícios, não somente físicos e sexuais, mas também mentais. Há estudos que indicam melhoramentos da pressão sanguínea e do sono, mas também redução do estresse e da ansiedade.

Em quanto a sexualidade, fica contribuindo também para uma maior autoestima e autoaceitação, aumentando a satisfação sexual na cama.

A terapia orgástica ajuda sobretudo as mulheres a manterem a atenção plena durante o sexo, se sentindo confortáveis e cientes de seus corpos. E isso pode ajudar elas a ficarem mais excitadas e mais satisfeitas no sexo.

Se trata de um treinamento para "ouvir" seu corpo, aceitando o que é bom e rejeitando o que não é tanto assim. E o orgasmo pode se tornar até mais fácil de alcançar, embora não seja esse o grande objetivo da prática.

Como levar a terapia orgástica para a cama?

Tudo se pode iniciar com o treinamento respiratório, aumentando a consciência de seu corpo e do corpo do outro. A partir dessa entrega, se pode explorar o momento na toada de cada um - para alguns, o processo pode evoluir mais depressa para algo íntimo, mas outras pessoas podem ficar precisando de mais tempo para isso.

A respiração, inalando e exalando lentamente, é ótima para se colocarem em sintonia, fortalecendo a conexão entre ambos.

Você pode usar brinquedos sexuais, mas veja que na meditação orgástica é importante deixar suas mãos explorarem o corpo. A técnica se pratica com um único dedo estimulando o clitóris.

Mas deve fazer o que for bom para você, se conectando consigo mesma, e com seu parceiro, e se liberando de pressões e tensões.

Se lembre que a terapia orgástica não é o mesmo que preliminares para chegar no sexo. Estamos falando de desacelerar, de explorar seu corpo, sem pensar no que está por vir - esse é o grande segredo do sucesso da prática. Sem expetativas, você consegue viver mais o prazer de cada momento!